sábado, 17 de abril de 2010

Depois de tanto tempo...


Ela derrama água nos seus pés
quando dança com o vestido
em chamas
ela põe fora da boca
o coração cansado
seus dedos como os pardais
procuram fugir
como os sapatos de flamenco
na madeira do soalho.


chama cambiante,
rosa vermelha, cálida
dardejas tuas pétalas de fogo
qual revoada
de pássaros cortantes n’alma

teu perfume embevece,
enfeitiças, cravos imprestáveis,
touros indomáveis,
da arena milenar
dos confins da Andaluzia.




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